Precisas seguir Jesus
*Por Carol Bazzo
João 1:35-51
Essa passagem, ainda no primeiro capítulo do evangelho de João, nos conta a história de como chegaram até Jesus alguns dos seus discípulos. Temos aqui uma breve narrativa de como André, Pedro, Filipe e Natanael encontraram Jesus e como Jesus os encontrou. Se pudéssemos hoje conversar com cada um desses homens, certamente, ouviríamos em detalhes as emocionantes histórias de como eram suas vidas antes e depois desse encontro com Cristo.
André certamente nos contaria sobre seu tempo como discípulo de João Batista, poderia compartilhar tudo que aprendeu com ele e como foi emocionante ouvi-lo dizer que o cordeiro de Deus estava bem ali diante dos olhos deles (e mais, que ele era o próprio primo de João!). Simão Pedro poderia nos contar como foi o dia em que seu irmão lhe disse ter encontrado o Messias, como possivelmente ele ficou resistente a acreditar e teve que ser levado por André até Jesus para crer. Ele poderia ainda nos contar sobre o dia que Jesus olhou em seus olhos e disse “Tu serás chamado Pedro”. Natanael poderia nos contar como foi evangelizado por Filipe e como também ficou incrédulo quando lhe disseram que o Messias era da cidade de Nazaré – “Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?”. E se sentássemos com qualquer cristão de qualquer época ou lugar (das culturas mais variadas possível) também poderíamos ouvir milhares de histórias interessantíssimas de como vidas foram surpreendidas e transformadas.
Este é um fato sobre Jesus. Quando, verdadeiramente, nos encontramos com Ele, nada permanece o mesmo. E tudo isso tem a ver com verdade aterrorizante (que muitos tem honesta dificuldade em admitir) de que a vida humana é um tédio! Paremos por alguns instantes para meditar nisso: nós nascemos, crescemos e morremos. Essa é a primeira das lições da biologia, hoje estamos aqui, amanhã podemos não estar. Hoje amamos, nos alegramos, nos regozijamos, mas amanhã podemos estar mortos. A vida humana é passageira, somos seres finitos. Mas por que estamos aqui, então? Filósofos de geração em geração vem se questionando e tentando descobrir o sentido da vida, contudo os mais modernos, pessimistas e desesperançosos, depois de muito pensar, preferiram concluir que não há um propósito nisso tudo aqui. Esse é o mundo moderno em que vivemos: não há sentido em nossa existência, portanto vivamos como melhor nos parece.
O resultado está diante de nós: tédio, depressão, vícios em sexo, trabalho, drogas, desorientação, frustração. Há muita beleza na vida e algumas vezes raios de sol entram pelas frestas de nossas janelas, mas de um modo geral, todos nós compartilhamos de um vazio e uma desorientação que convive conosco desde que nascemos. Como isso se expressa na vida de cada um, vai variar. Mas no geral essa é a triste realidade sobre nós. E não é que somos apenas vítimas de uma vida sem esperança, somos também culpados por isso. Nossa natureza pecaminosa nos faz vítimas e, também, violões. Essa é a estrada que todos nós estamos caminhando. Podemos estar desinteressados em religião, contudo, a despeito de onde estejamos nessa jornada, todos nós estamos em busca de respostas. Até que, como os discípulos, alguns de nós esbarramos em Jesus – ouvimos sua Palavra, vemos sua vida, de alguma forma, encontramos com Ele.
Mas quando nos encontramos com Jesus, isso sempre exige de nós uma decisão. Olharemos ele de longe? Ou iremos atrás dele? Em seu livro “Cristianismo Puro e Simples”, C. S. Lewis fala que alguns costumam ler e responder à história de Jesus de uma forma tola. Você já deve ter visto pessoas que aceitam Cristo apenas como um bom mestre da moral ou líder exemplar que se pode admirar de longe. Todavia, a vida e obra de Jesus nos traz verdades muito sérias. O que Ele disse sobre nós, o mundo e sobre Ele mesmo exigem decisões dramáticas. Por isso Lewis diz que ou você conclui que Jesus era um louco e mentiroso; ou Ele é Deus! E, consequentemente, é aquele que nos liberta de nossos pecados e nos livra de uma vida fútil e sem sentido.
Infelizmente, o cristianismo em muitos lugares e na vida de muitas pessoas se tornou apenas um clube ou algo com o qual elas têm afinidade e simpatia. Todavia, a essência da mensagem cristã é que ela muda tudo! André, Pedro, Filipe e Natanael deixaram tudo e seguiram Jesus. E embora possa parecer uma atitude radical e irresponsável, não era. Eles haviam descoberto que aquele Jesus de Nazaré não era apenas o filho do carpinteiro José e daquela mulher chamada Maria – Ele era o Messias, o Filho de Deus enviado ao mundo para a salvação dos homens. Nada mais sábio e inteligente do que abandonar tudo e segui-lo!
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PERGUNTAS PARA REFLEXÃO
Se você já é um seguidor de Jesus, que tal relembrar do seu primeiro encontro com Ele? Como você o conheceu? Quem te apresentou a Cristo? Como foram seus primeiros dias seguindo Ele? Há algo daqueles dias de primeiro amor que precisa ser renovado?
Se você ainda não é um seguidor de Jesus, tire alguns minutos e com honestidade pense sobre sua vida, seu futuro e o sentido da vida. Você encontra-se satisfeito com sua vida, seus erros e fraquezas? Você tem esperança na vida além do aqui e agora?
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Carol Bazzo, 32 anos, SP – Brasil.
Obs.: Texto escrito em português do Brasil. Esta plataforma não obedece ao Novo Acordo Ortográfico e respeitas as regionalidades da Língua Portuguesa de acordo com a origem de suas autoras.