Jesus na Criação
Este artigo faz parte da série Jesus no Antigo Testamento, publicada todas as sextas-feiras.
Jesus não é um ser contido pelo tempo, como nós. Ele se revelou em carne há dois mil anos, mas sempre existiu. Quando nos referimos a ele na eternidade, podemos também chamá-lo de Segunda Pessoa da Trindade ou Deus Filho.
Em Gênesis 1:26, lemos sobre a criação da raça humana. Quando decidiu criá-la, o Deus Trino (Pai, Filho e Espírito) o faz de forma comunitária: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. A criação foi uma obra da qual Jesus também participou, assim como Deus Pai e Deus Espírito.
Uma das passagens mais emblemáticas para entendermos isso se encontra em Colossenses. No capítulo 1, podemos entender de forma incrível como Deus Filho, Jesus, criou todas as coisas:
“O qual [Jesus] é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;
Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência.” (Colossenses 1:15-18)
Ao ser chamado “primogênito de toda criação”, Jesus é identificado como aquele que domina sobre todas as coisas, “assim como o primogênito em uma família é herdeiro e senhor sobre tudo, assim Jesus é herdeiro de todas as coisas” (Matthew Henry).
Em Provérbios 8 também temos uma descrição belíssima do trabalho trinitário em comunidade, que foi a criação. Nesses versos, Jesus é representado pela figura da Sabedoria, que diz:
“Desde a eternidade fui ungida [Sabedoria = Jesus], desde o princípio, antes do começo da terra. Quando ainda não havia abismos, fui gerada, quando ainda não havia fontes carregadas de águas. Antes que os montes se houvessem assentado, antes dos outeiros, eu fui gerada. Ainda ele não tinha feito a terra, nem os campos, nem o princípio do pó do mundo. Quando ele preparava os céus, aí estava eu, quando traçava o horizonte sobre a face do abismo; Quando firmava as nuvens acima, quando fortificava as fontes do abismo, quando fixava ao mar o seu termo, para que as águas não traspassassem o seu mando, quando compunha os fundamentos da terra. Então eu estava com ele, e era seu arquiteto; era cada dia as suas delícias, alegrando-me perante ele em todo o tempo; Regozijando-me no seu mundo habitável e enchendo-me de prazer com os filhos dos homens. Agora, pois, filhos, ouvi-me, porque bem-aventurados serão os que guardarem os meus caminhos.” (Provérbios 8:23-32)
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