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Jesus é o único caminho

*Por Débora Duarte

João 14:1-14

Se há coisa em que sou muito pouco dotada é no sentido de orientação. Sou capaz de fazer o mesmo caminho muitas vezes e, por uma distração de segundos, perder-me. Consigo estar ao lado de casa e não fazer ideia de onde estou. Não é incomum vaguear nos pensamentos enquanto conduzo, e passar o destino por muitos quilómetros. Ainda que o GPS sirva de grande ajuda, e me mostre o caminho, continuo a ser trapalhona em ir do ponto A ao ponto B.

Jesus e os discípulos estavam no cenáculo. Celebravam a Páscoa. Não só Jesus havia revelado um traidor no meio deles e constatado que Pedro iria negá-lo três vezes, como preparava-os para a sua partida e separação. O ambiente era de ansiedade, inquietude e medo. Embora fosse Jesus que estivesse prestes a passar por sofrimento inigualável e, de forma lógica, precisar de consolo, foi Ele quem ofereceu conforto aos discípulos através das suas palavras sábias e verdadeiras.

Jesus inicia o seu discurso com a solução para os seus corações preocupados – fé. Por meio de outras palavras, Ele diz: “meus amigos, não estejam abalados! Confiem em mim. Descansem plenamente, sem medidas, por inteiro, na certeza de que não vos abandonarei. Vou para a casa do meu Pai e lá, não só estarei à vossa espera, como irei preparar um lugar para cada um de vocês”. Vejam bem! Ele não vai simplesmente embora! Ele vai preparar-lhes um lugar no céu. Sim, no céu! No lugar onde vão poder contemplar a Deus, estar e ser como Jesus, onde o amor é eterno, a celebração é constante e tudo é belo.

Uau!!! Não é isso que todas nós ansiamos? Estar num lugar de alegria plena? Isso foi possível para os discípulos, mas é igualmente possível para cada uma de nós. A pergunta que os inquietou naquele momento, pode estar a inquietar-te também: “assumindo que o ponto A é onde estou, e ponto B para onde a minha alma anseia ir, como faço para lá chegar? Existe esperança uma desorientada como eu?”. A verdade é que, pasmem-se, no que toca a chegar à casa do Pai, somos todas desesperadamente desorientadas. Jesus responde de forma bem simples: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (v.6). Só através de Jesus podemos alcançar a casa do Pai. Ele não só habitou entre nós para abrir o caminho, Ele é o próprio caminho.

Em seu livro “Imitação de Cristo”, Tomás de Kempis encanta-nos com estas palavras:
“Segue-me. Eu sou o caminho a verdade e a vida. Sem o caminho não há como ir; sem a verdade não há saber; sem a vida não há viver. Eu sou o caminho que deves seguir; a verdade que deves crer; a vida pela qual deves esperar. Eu sou o caminho inviolável; a verdade soberana; a vida verdadeira, vida abençoada, vida incriada.”

Ele é a revelação do próprio Deus, o Verbo encarnado, o Salvador. A sua vida, morte e ressurreição perfeitas pavimentaram o caminho para o nosso perdão e vida eterna. É por Jesus que podemos ter acesso à presença do Pai, onde a nossa alma encontrará pleno deleite.

Permite-me, então, deixar-te este sério aviso. Podes considerar-te inteligente, amável, bondosa, altruísta, justa, carinhosa, mas isso de nada valerá se os teus pés percorrerem caminho alheio. Dizer sim a Jesus é rejeitar todas as outras pretensas opções de salvação. Jesus não é um entre muitos caminhos. Ele é o único caminho. Não há como enganar.

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PERGUNTAS PARA REFLEXÃO

Qual a tua reacção ao ser confrontada com a exclusividade de Jesus, particularmente quando mergulhada numa sociedade de orientação pluralista e subjectiva? Faz-te confusão dizer que o outro (ou tu própria) está errado quando busca salvação à parte de Jesus? Se sim, considera meditar nas palavras de Pedro em Atos 4.10-12.

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Débora Duarte, 28 anos e casada há 7 anos com o Jónatas – pastor da igreja do Silveiro (distrito de Aveiro – a Veneza de Portugal).

Mãe do João – 5 anos, do Tiago – 4 anos, da Maria – 2 anos e da Inês – 1 ano.

Obs.: Texto escrito em português de Portugal. Esta plataforma não obedece ao Novo Acordo Ortográfico e respeitas as regionalidades da Língua Portuguesa de acordo com a origem de suas autoras.

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Débora Duarte, 28 anos e casada há 7 anos com o Jónatas – pastor da igreja do Silveiro (distrito de Aveiro – a Veneza de Portugal). Mãe do João – 5 anos, do Tiago – 4 anos, da Maria – 2 anos e da Inês – 1 ano.

Discípulas de Jesus de diferentes denominações da fé protestante com o propósito comum de viver para a glória de Deus.
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