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Jesus é a ressurreição e a vida

*Por Suelen Dias

João 11:1-45

Na história de hoje temos o relato da morte e ressurreição de Lázaro.

João começa por nos dizer que Lázaro estava doente e que as suas irmãs, Maria e Marta, pediram que dissessem a Jesus estas coisas. Ao receber esta notícia, Jesus afirmou que aquela doença não era para morte, mas para a glória de Deus (v. 4). Novamente, e à semelhança do relato do milagre anterior em que vemos a cura do cego, temos a afirmação de que coisas más estavam a acontecer para que o poder de Deus se manifestasse e que o Filho de Deus pudesse ser glorificado.

Ao saber da notícia, Jesus e os seus discípulos não seguiram de imediato para ir ter com Lázaro e as suas irmãs, antes, continuaram onde estavam por dois dias para, então, irem ter com eles. Nessa altura Jesus já sabia que Lázaro estava morto (v. 14). No momento em que chegou à Judeia, onde estavam Lázaro e as suas irmãs, ele não só havia morrido, como estava sepultado há quatro dias (v.17).

Esta história nos conta ainda que, quando Jesus estava a chegar, Marta foi ter com ele e lhe disse que se ele lá estivesse, o seu irmão não teria morrido, afirmando que, apesar disso, sabia que tudo o que ele pedisse a Deus, Deus lhe daria. No diálogo que se seguiu, vemos como Marta e, mais tarde, Maria acreditavam no poder de Jesus. Ainda que profundamente tristes com a morte do seu irmão.

 

“Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer que este não morresse?” (v. 37). Esta foi a reação de alguns dos judeus que ali estavam. Quantas vezes nos nossos momentos de desespero, somos como os que disseram estas palavras? Assumindo que se ele pode fazer milagres livrará de sofrimentos a todos a quem ama.

Jesus chama Lázaro à vida e transforma este ambiente de luto e sofrimento em um momento de alegria, trazendo vida onde havia morte. Mas antes disso, e sabendo que tinha poder para isso, ele chora com aqueles que sofriam naquele momento. Ele partilha a dor dos seus amigos e lamenta a morte de um dos seus. Isto é tão triste e tão bonito ao mesmo tempo. Jesus, antes de começar a resolver aquela situação e trazer solução para aquele problema, espera um momento e participa daquela tristeza, estando ao lado deles (v. 33, 35, 38). Uau, como isso nos ensina sobre humildade e partilha de cargas!

Que nesta nossa caminhada, e à medida que nos aproximamos da Páscoa, possamos reconhecer que há tempo para chorar e há sofrimentos que devem ser partilhados com outros e isso não significa que a solução para os nossos problemas não exista, e para isso também haverá tempo, para celebrar e ver o poder de Deus revelado nas nossas vidas.

 

“Ainda que morra, viverá.” – Há poucas coisas que temos tão certas como a morte, mas vemos neste excerto Jesus a afirmar que, se cremos nele, ainda que morramos, viveremos. Quer isto dizer que fará connosco como fez com Lázaro e nos ressuscitará? Bem, sim e não.

Jesus ser a ressurreição e a vida, significa que ele é Senhor absoluto sobre a morte. Nesta vida, é capaz de transformar morte em vida como fez com Lázaro, mas promete-nos algo maior (v. 25-27): vida eterna para os que creem. Como cristãos, acreditamos que todos os que cremos que Jesus Cristo é o Filho de Deus que deveria vir ao mundo, seremos ressuscitados e viveremos eternamente com Deus (v. 25-27). Ele nos promete e dá uma nova vida, que pela sua morte na cruz, é livre do poder do pecado. Que bom é termos esta esperança!

A esta altura da nossa caminhada, já não nos surpreendemos com o facto de que sempre que Jesus faz um milagre, no meio daqueles que dele têm conhecimento, alguns creem, outros duvidam. (v.45 e 46) Hoje em dia não é diferente. Mas ele nos faz hoje a mesma pergunta que fez ao cego e que fez a Marta nesta história: Crês?

Se não consegues acreditar, ora pedindo a Deus que te dê fé e uma nova esperança nele; se já acreditas, pede-lhe que estas certezas sejam constantemente renovadas no teu coração.

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PERGUNTAS PARA REFLEXÃO

Pensa em situações em que sofrimentos de outras pessoas te são trazidos. Ainda que tenhas como resolver aquela situação, sentes-te tentada a começar por apresentar de imediato a solução ou, como Jesus neste exemplo, estás pronta a participar deste sofrimento, valorizando as lágrimas que são derramadas e oferecendo consolo, antes da solução?

Jesus dá vida. Ao ler este relato fica claro como Jesus pode dar vida, na verdade, ele afirma ser a própria vida (v. 25). Esta afirmação faz diferença na esperança que tens do futuro? De que maneira?

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Suelen Dias, Portugal

Obs.: Texto escrito em português de Portugal. Esta plataforma não obedece ao Novo Acordo Ortográfico e respeitas as regionalidades da Língua Portuguesa de acordo com a origem de suas autoras.

Escrito por -

Natural de Campinas, interior de São Paulo, vive em Portugal desde 2000. Tem 26 anos e é formada em Gestão. Atualmente serve na Igreja da Lapa, em Lisboa.

Discípulas de Jesus de diferentes denominações da fé protestante com o propósito comum de viver para a glória de Deus.
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